2024-11-21 14:39:27

Seguindo a aclamação internacional ao filme “Ainda Estou Aqui”, de Walter Salles, que estreou na quinta-feira (7) nos cinemas, o Brasil vive a expectativa de que o longa seja indicado ao Oscar de melhor filme internacional, assim como espera a indicação de Fernanda Torres, 59, como melhor atriz por seu papel como Eunice Salles.

O filme foi reverenciado pelos principais festivais de cinema do mundo, com grande destaque por ter sido aplaudido de pé por mais de 10 minutos no Festival de Cinema de Veneza, onde conquistou o prêmio de melhor roteiro. “Ainda Estou Aqui” também venceu o prêmio por voto popular do Festival Internacional de Cinema de Vancouver.

Em entrevista exclusiva à revista Vogue, Fernanda falou sobre as expectativas para indicações ao Oscar: “Se essa indicação chegar a acontecer, num filme pequeno em comparação com a indústria de cinema internacional, falado em português, já considero isso como um Oscar ganho!”

“Meu nome está nas shortlists [lista de pré-indicados], e só de você estar nelas, é um milagre”, pontua. “O Oscar não é a fronteira final. O grande prêmio de um filme é fazer o filme. E quando ele chega nas pessoas, no mundo, aí é inacreditável.”

“Cheguei num patamar a que eu nunca tinha chegado, mesmo. De honestidade, no representar, de ser, no cinema”, comemora a atriz.

A espera pela indicação ao grande prêmio do cinema americano retoma a grande expectativa que o Brasil viveu em 1999, quando Fernanda Montenegro, mãe de Fernanda Torres, foi indicada ao Oscar de melhor atriz por sua atuação no filme “Central do Brasil”. Na ocasião, a veterana não ganhou a estatueta, que foi entregue à Gwyneth Paltrow por seu papel em “Shakespeare Apaixonado”.

“Ainda Estou Aqui” é baseado no livro de mesmo nome de Marcelo Rubens Paiva, publicado em 2015. O filme foca na história de Eunice Paiva, mãe do escritor, que lutou por muitos anos por justiça ao seu marido, o ex-deputado Rubens Paiva, que foi torturado e morto durante o período da ditadura militar no Brasil, e dado como desaparecido pelo regime.

Sobre dar vida à Eunice no filme, Fernanda contou detalhes sobre sua atuação: “A gente não podia traí-la nem baratear o sentimento dela”, disse ao se referir à escolha de fugir de uma performance melodramática.”

“Uma das vinganças da Eunice nessa história é que nem ela, nem os cinco filhos sucumbiram ao horror que sofreram”, completou.

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