2024-07-03 08:56:55

A revista Forbes está sendo alvo de uma enxurrada de críticas após a publicação de um artigo de opinião que descreve a relação entre dois personagens principais da série “Bridgerton” como um “romance interpesos”. O texto da publicação insinua que o mundo “ainda não está pronto” para ver casais de pesos mistos nas telas.

O artigo, escrito pela autora americana Virgie Tovar, especialista em gordofobia, aborda a relação entre os personagens fictícios Penelope Featherington, interpretada pela atriz irlandesa Nicola Coughlan, 37, e Colin Bridgerton, vivido pelo astro britânico Luke Newton, 31, na aclamada série da Netflix. Segundo a escritora, o romance “desafia as convenções dos enredos românticos”, aparentemente devido ao manequim de Nicola ser maior que o de Luke.

No entanto, a expressão “romance interpesos”, utilizada por Tovar, gerou controvérsia nas redes sociais, com muitos questionando a relevância de chamar atenção para o tamanho dos personagens. Fãs da série criada por Shonda Rhimes recorreram ao X, antigo Twitter, para ironizar o uso do termo.

“‘Relacionamentos interpresos’ é tão, tão, tão engraçado, tipo, mano, você já saiu de casa alguma vez?”, comentou um usuário da plataforma.

Outros questionaram por que apenas o casal de “Bridgerton” foi usado como exemplo de romance de pesos mistos, comentando a ausência de artigos sobre homens maiores que namoram mulheres menores em filmes e séries.

“‘Mulheres gordas realmente são odiadas pela sociedade em um nível molecular, porque o que p**** é um relacionamento interpesos?”, perguntou um internauta.

Outro comentário indignado dizia: “E onde estão os artigos sobre todos os casais na TV que são homens gordos e mulheres magras? Ou homens gordos com homens magros? Tipo, o que isso quer dizer?”

Um usuário resumiu o sentimento geral: “Acho interessante como há inúmeros casais fictícios em filmes e na televisão onde o homem pesa mais que a mulher, mas as pessoas não começaram a escrever artigos sobre o que quer que seja um ‘romance interpesos’ até que fosse ao contrário.”

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