O príncipe William, 43, afirmou estar “animado” para promover mudanças quando se tornar rei. O herdeiro do trono britânico prometeu que fará “tudo o que puder” para garantir que a monarquia evolua em um mundo moderno, de forma que seus filhos não precisem crescer com “algumas das práticas” às quais ele próprio e seu irmão, o príncipe Harry, estiveram sujeitos. O príncipe de Gales, primeiro na linha de sucessão, falou sobre o assunto em entrevista ao ator Eugene Levy na série “The Reluctant Traveler”, da Apple TV+.

Questionado sobre como se sente em relação ao primogênito, o príncipe George, 12, um dia se tornar rei, William respondeu: “É uma pergunta interessante e é uma grande questão. Porque há muito a se considerar sobre isso. Obviamente, quero criar um mundo no qual meu filho sinta orgulho do que fazemos, um mundo e um trabalho que realmente impactem a vida das pessoas de maneira positiva. Isso vem acompanhado da esperança de que não voltemos a algumas práticas do passado, com as quais Harry e eu tivemos que crescer, e farei tudo o que puder para garantir que não haja esse retrocesso.”

O filho mais velho do rei Charles III acrescentou: “Acho que é possível dizer que a mudança está entre as minhas prioridades. Mudança para melhor. E eu a abraço, eu gosto dessa mudança – não tenho medo dela. O que me anima é justamente a ideia de poder trazer algumas mudanças. Não coisas radicais demais, mas transformações que acredito que precisam acontecer.”

Embora valorize a importância da tradição para a monarquia, o príncipe – que também é pai de Charlotte, 10, e Louis, 7, com sua esposa, Catherine, princesa de Gales. – afirmou que pretende “questionar” certas práticas, em vez de mantê-las apenas porque sempre foram feitas daquela forma.

“Se você não tiver cuidado, a história pode ser um verdadeiro peso e uma âncora sobre você, e pode fazer com que se sinta sufocado e restrito demais. Acho importante viver o aqui e agora. Quero questionar mais as coisas. Acho que é muito importante que a tradição permaneça, e ela tem um papel enorme em tudo isso, mas também há momentos em que você olha para a tradição e se pergunta: ‘Isso ainda é relevante para hoje? Ainda é a coisa certa a fazer? Ainda estamos alcançando o maior impacto possível?’. Então, o que quero dizer é que gosto de questionar as coisas.”

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