O apresentador americano Jimmy Kimmel, 57, está sendo pressionado a pedir desculpas e fazer uma “doação pessoal expressiva” para a organização sem fins lucrativos do ativista de direita Charlie Kirk (1993-2025) caso queira retornar ao ar.



A emissora ABC suspendeu o programa do comediante depois que ele afirmou que Tyler Robinson – acusado de assassinar Kirk durante uma palestra em Utah, na semana passada -, teria ligação com o movimento Make America Great Again [slogan popularizado por Donald Trump].



Agora, a Sinclair, empresa de comunicação que reúne a maior rede de afiliadas da ABC nos Estados Unidos, estabeleceu uma série de exigências para voltar a exibir o “Jimmy Kimmel Live!”.



A companhia declarou que “se opõe aos recentes comentários feitos pelo sr. Kimmel a respeito do assassinato de Charlie Kirk” e, após conversas com a ABC, tomou a decisão de “suspender a atração por tempo indeterminado”.



O vice-presidente da Sinclair, Jason Smith, afirmou: “As declarações do sr. Kimmel foram inadequadas e profundamente insensíveis em um momento crítico para o nosso país. Acreditamos que as emissoras têm a responsabilidade de educar e promover um debate respeitoso e construtivo em nossas comunidades. Agradecemos os comentários do presidente da Comissão Federal de Comunicações [Brendan Carr] hoje e este incidente ressalta a necessidade urgente de que o órgão adote medidas regulatórias imediatas para lidar com o controle exercido pelas grandes redes nacionais sobre as emissoras locais.”



A empresa acrescentou que não vai suspender o bloqueio ao programa em suas afiliadas da ABC até que ocorram “discussões formais” com a rede sobre “compromisso com profissionalismo e responsabilidade”.



A Sinclair também exige que Jimmy faça um “pedido de desculpas direto aos parentes de Kirk” e uma “doação pessoal expressiva à família do influencer e à Turning Point”, organização fundada pelo ativista que atua em defesa de pautas conservadoras em escolas, faculdades e universidades.



A empresa reforçou que “independentemente dos planos da ABC para o futuro do programa”, não transmitirá o “Jimmy Kimmel Live!” novamente até estar “confiante de que medidas cabíveis foram tomadas para assegurar os padrões esperados de uma plataforma nacional de transmissão”.



As afiliadas da ABC controladas pela Sinclair em 30 regiões – incluindo a KOMO em Seattle, a WJLA em Washington, a KDNL em St. Louis, a KTUL em Tulsa e a KATU em Portland -, vão exibir um “especial em homenagem” a Kirk no horário do “Jimmy Kimmel Live!” nesta sexta-feira (19). O programa também será disponibilizado a outras afiliadas da ABC em todo o país.



A Nexstar Media, maior empresa de mídia local e digital dos Estados Unidos, confirmou na quarta-feira (17) que também decidiu “substituir o programa por outra atração”.



Em comunicado, a companhia afirmou: “A Nexstar se opõe fortemente aos recentes comentários feitos pelo Sr. Kimmel sobre a morte de Charlie Kirk e substituirá o programa por outra atração em seus mercados afiliados à ABC.”



Andrew Alford, presidente do departamento de radiodifusão da Nexstar, declarou que manter o talk show no ar “simplesmente não atende ao interesse público neste momento”.



“Os comentários do sr. Kimmel sobre a morte do sr. Kirk são ofensivos e insensíveis em uma conjuntura delicada do nosso cenário político nacional, e não acreditamos que reflitam a diversidade de opiniões, visões ou valores das comunidades locais em que atuamos”, declarou o executivo.

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