O ator Alec Baldwin, 67, revelou ter enfrentado pensamentos suicidas após a tragédia no set do filme “Rust”. A produção do faroeste foi interrompida em 2021, quando uma arma cenográfica manuseada pelo astro de Hollywood disparou durante as filmagens, provocando a morte da diretora de fotografia Halyna Hutchins e ferindo o diretor do longa, Joel Souza.
O episódio desencadeou uma longa batalha judicial e escrutínio público, e, agora, Alec desabafou sobre as consequências devastadoras em sua saúde mental.
Em entrevista ao podcast Dopey: On the Dark Comedy of Drug Addiction, o ator relatou o nível de sofrimento emocional que viveu após o ocorrido. “Quando você chega a um ponto em que pensa: ‘Eu não quero acordar mais um dia, eu vou embora’ – juro por Deus – falar sobre isso é algo que me soa até estranho, porque ideações suicidas e efetivamente praticar o ato são duas coisas profundamente diferentes”, declarou.
“Acho que muitas pessoas, incontáveis pessoas, pensam em acabar com a própria vida, mas pouquíssimas realmente o fazem”, acrescentou.
Alec admitiu que houve noites em que a exaustão emocional se tornou insuportável. “Eu ficava deitado na cama pensando: ‘Meu Deus, eu não consigo acordar mais um dia e viver tudo igual de novo. É sempre a mesma coisa. Eu não aguento mais’. Mas, de alguma forma, encontrei fé em Deus para não me matar no dia seguinte. Vamos esperar mais um dia.”
O veterano das telonas abordou a repercussão que o episódio teve sobre sua família, inclusive sobre a esposa, Hilaria Baldwin, e os filhos do casal. “As pessoas com quem eu mais me preocupava, por quem eu sentia a dor mais profunda, eram minha esposa e meus filhos. Porque meus filhos me viam sentado em um canto, eu mal conseguia me mover”, relembrou.
Indiciado por homicídio culposo no âmbito da investigação criminal, Alec teve a ação arquivada após o Ministério Público não apresentar provas consideradas essenciais para dar continuidade ao processo. Após o encerramento do caso, o ator afirmou que tentaria reconstruir a própria vida, ainda que as marcas do episódio permaneçam.
“Obviamente, isso é a coisa mais difícil que já enfrentei na minha vida. Além das próprias vítimas, o que mais me dói é o impacto disso na minha esposa. Temos lidado com muito sofrimento. Estamos tentando usar o vento a nosso favor, virar a página”, declarou na ocasião.
Em situações de sofrimento emocional, depressão ou pensamentos suicidas, é possível buscar apoio gratuito e sigiloso por meio do Centro de Valorização da Vida (CVV). O atendimento funciona 24 horas por dia, pelo telefone 188, além de chat e e-mail disponíveis em cvv.org.br.
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