A ginasta americana Simone Biles, 28, afirmou que a terapia foi essencial para sua vida.

A campeã olímpica está sob os holofotes desde a adolescência, após conquistar sua primeira medalha de ouro no Mundial de Ginástica Artística de 2013, na Bélgica, quando tinha apenas 16 anos. Desde então, ela se tornou a ginasta mais condecorada da história, mas garante que o sucesso precoce se transformou em um peso e que precisou de ajuda profissional para lidar com a fama.

“Sim, o sucesso virou um fardo. Conquistar tanto tão jovem foi muito difícil. De repente, todo mundo está te observando, dizendo como você deve agir, como deve falar. Eu tinha medo de decepcioná-los. Foi por isso que comecei a fazer terapia. Eu precisava aprender a lidar com a pressão, a continuar sendo leal a mim mesma. Foi uma decisão crucial: cuidar da minha mente me salvou como atleta e como pessoa… Ainda faço terapia toda semana. Isso me mantém com os pés no chão e me ajuda a processar tudo o que está acontecendo na minha vida e no mundo. É o meu refúgio, o lugar onde aprendo a ser bondosa comigo mesma”, relatou ela à revista Harper’s Bazaar Espanha.

A estrela surpreendeu o mundo ao desistir de competir nos Jogos Olímpicos de Tóquio, em 2020, afirmando que precisava priorizar sua saúde mental e física. Hoje, ela garante que não tem dúvidas de que tomou a decisão correta.

“Antes de tudo, o principal motivo pelo qual decidi dar uma pausa foi minha saúde física. Eu não queria entrar lá e me machucar, mas também foi pela minha saúde mental. Eu sabia que era a coisa certa a fazer, mesmo que o mundo não entendesse. Foi difícil, mas necessário. Me proteger foi o salto mais corajoso da minha vida”.

A ginasta acrescentou que sua experiência em Tóquio foi um divisor de águas, por abrir uma discussão mais ampla sobre saúde emocional no esporte.

“Isso me transformou completamente. Antes, as pessoas só falavam das minhas medalhas; agora também falam do aspecto mental. Isso me deixa feliz, mostra que algo mudou, porque antes, infelizmente, minha carreira não gerava identificação para a maioria das pessoas, exceto outros atletas de elite… Aprendi que sucesso não significa nada se você não consegue aproveitá-lo em paz”, finalizou.

Após a pausa, Simone brilhou nas Olimpíadas de Paris 2024, conquistando quatro medalhas: três ouros em equipe e uma prata no solo.

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