A animação “Guerreiras do K‑Pop”, sucesso estrondoso entre o público jovem, foi inspirada no violento longa sul-coreano “A Vilã” (2017). O thriller, conhecido por cenas de assassinato e agressão, serviu como referência para as sequências de “combate coreografado” do filme da Netflix.

Para suavizar o tom das cenas e adaptá-las ao público infantil, os criadores recorreram a uma solução curiosa: substituíram o sangue por “glitter em pó”. Em entrevista à revista Variety, durante o festival Animation Is Film, em Los Angeles, o diretor de animação, Josh Beveridge, brincou: “Você pode deixar algo bem violento, desde que coloque bastante glitter.”

O cineasta acrescentou que a produção contou com coreógrafos experientes em “idol training”, processo rigoroso de preparação pelo qual passam os jovens que aspiram a se tornar celebridades do entretenimento sul-coreano. “Alguns desses coreógrafos treinaram para ser idols e, entre os golpes, faziam pequenos gestos delicados. É aí que está a personalidade da coreografia”, afirmou.

O filme acompanha o grupo fictício de K-pop HUNTR/X, que precisa enfrentar a boy band The Saja Boys. Desde a estreia, “Guerreiras do K‑Pop” se tornou um fenômeno cultural, acumulando mais de 325 milhões de visualizações no mundo todo.

A trilha sonora segue o mesmo caminho de sucesso. O single “Golden”, interpretado por EJAE, Audrey Nuna e REI AMI, domina as paradas internacionais e está há dois meses no topo da Billboard Hot 100. A faixa também viralizou nas redes sociais, impulsionada por coreografias e desafios inspirados em K-pop.

Com a boa recepção, a Netflix confirmou que a canção foi oficialmente inscrita para concorrer ao Oscar do próximo ano, atraindo os olhares da indústria para a produção.

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