Wagner Moura, 49, afirmou que não pretende criar perfis em redes sociais e que se sente “muito feliz” por manter distância do universo digital. O ator de “Narcos” explicou que a decisão partiu inicialmente se sua rejeição à cultura da autopromoção.

“Quando começou o negócio de rede social, eu não me interessei por aquilo. Primeiro, eu não entendia o que isso ia virar. Acho que ninguém também entendia na época. E eu, no começo, o que parecia para mim, assim, eram as pessoas se autopromovendo. A ideia que eu tinha era que parecia uma revista autoeditada. E eu não tinha interesse nenhum naquilo”, admitiu o astro entrevista ao portal Hugo Gloss.

O artista disse entender que as plataformas têm outras funções, mas manteve sua escolha de ficar fora delas devido aos ataques que costumam ocorrer nesses espaços.

“Depois eu comecei a ver que a rede social tem outras camadas e outras coisas. Você tem uma plataforma para você dizer o que você quer. Sem intermediários. E eu, uma época, fiquei: ‘pô, será?’. Mas eu também não tenho vocação para isso. Eu acho que eu me preservo também muito de maluquice, de vaidade. Da política, dos ataques. Eu já sou tão atacado pela forma como eu me coloco politicamente. Imagina se eu for parar para ler o que as pessoas me dizem? Então, eu acho que eu me preservo. E eu sou muito feliz assim.”

Questionado se algum dia mudaria de ideia, o ícone das telonas, cotado para uma indicação ao Oscar por seu papel em ‘O Agente Secreto’, foi categórico: “Nunca. Eu tenho 49 anos, cara. Imagina, eu começar a entrar na rede social. Tem coisa que não dá mais”, brincou.

Wagner lamentou que as redes tenham se tornado praticamente essenciais para jovens atores que buscam espaço na indústria. “Eu entendo que, por exemplo, que a rede social já virou uma coisa importante para um ator que está começando. Que ele tem que ter aquilo para poder ser chamado. E eu acho isso uma coisa muito lamentável. Porque deixou de ser o valor que aquele artista tem para ser a presença online. Não é disso que se trata esse trabalho que a gente faz.”

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