
2024-05-21 13:00:50
Bernie Ecclestone revelou ter sido alertado de que a morte de Ayrton Senna marcaria “o fim” da Fórmula 1.
O ex-diretor da categoria de automobilismo relembrou uma conversa que teve com Max Mosley, então presidente do órgão regulador do esporte, que fez a previsão desanimadora após o trágico falecimento do piloto brasileiro no Grande Prêmio de San Marino, na Itália, no dia 1º de maio de 1994.
Senna, que na ocasião era uma das maiores figuras do esporte mundial, morreu quando seu carro saiu da pista a 305 km/h e colidiu com uma barreira de concreto na sétima volta do circuito de Ímola.
O piloto, então com 34 anos, foi o segundo a falecer naquele fim de semana, após o austríaco Roland Ratzenberger morrer quando seu carro bateu durante a qualificação para a corrida.
“Max Mosley compartilhou depois que ele acreditava que seria o fim da Fórmula 1. Eu respondi: ‘Acho que você está errado e teremos que esperar para ver’. Esperávamos que não acontecesse o que Max insinuou que poderia acontecer, mas foi um desastre absoluto. Não foi um bom fim de semana, e tenho a sensação de que aconteceu há bem mais do que 30 anos. Ele teve muito azar de morrer naquele acidente”, declarou Ecclestone em entrevista à Sky News.
O brasileiro Rubens Barrichello também sobreviveu a um grave acidente durante os treinos, dois dias antes da morte de Senna, na pista de Ímola.
Ecclestone, que comandou a Fórmula 1 por quatro décadas, afirmou: “Foi um fim de semana desastroso. Se você pensar em tudo o que aconteceu, com Roland batendo e nunca saindo do carro, e depois Senna, realmente não acho que seria possível acontecer de novo”.
A corrida foi reiniciada menos de 40 minutos após o acidente que tirou a vida do ídolo brasileiro. O ex-piloto Martin Brundle alegou ter ficado furioso com as ordens dos chefes, que obrigaram os competidores a “dirigir por cima de uma poça de sangue de Senna por 55 voltas”.
Ecclestone quebrou seu silêncio após ser criticado por sua decisão.
“Deveríamos ter parado a corrida? Acho que não. Não teria ajudado Senna de nenhuma forma. Quando essas coisas acontecem, tudo ocorre tão rapidamente que você realmente não tem muito tempo para pensar. Legalmente, a corrida deveria ter sido interrompida, porque agora sabemos que ele morreu no circuito. Contudo, no fim das contas, resumiu-se a questões comerciais, pessoas que queriam reembolsos e todos esses problemas. E o outro lado da moeda não foi levado em consideração. Mas espero que nunca vejamos algo assim novamente, e creio que hoje, com todas as melhorias de segurança, graças a Deus, as chances são bem menores”.
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