2024-06-27 09:57:38

O príncipe Harry, de 39 anos, fez um apelo para que os jovens não reprimam o luto, ao compartilhar a dor profunda de perder sua mãe, a princesa Diana.

Em uma conversa carregada de emoção com Nikki Scott – fundadora da instituição de caridade Scotty’s Little Soldiers, que apoia crianças cujos pais faleceram enquanto serviam nas Forças Armadas – o Duque de Sussex abriu o coração sobre como lidou com a trágica morte de sua mãe em um acidente de carro em Paris, em 1997, quando ele tinha apenas 12 anos.

“É tão fácil, como criança, pensar ou se convencer de que – eu sei bem como é, porque tinha 12 anos – a pessoa que você perdeu quer que você fique triste pelo maior tempo possível para provar que você sente falta dela. Mas então, vem a compreensão de que ‘talvez eles queiram que eu seja feliz'”, começou Harry.

O filho caçula do rei Charles III explicou que, na tentativa de evitar mais sofrimento emocional, os instintos humanos podem acabar dificultando o processo de aceitação do luto.

“Essa é a coisa mais difícil, principalmente para as crianças, eu acho, que é: ‘não quero falar sobre isso porque vai me deixar triste’. Especialmente quando todos os mecanismos de defesa em sua mente, sistema nervoso e tudo o mais estão dizendo ‘não pense nisso’.”

Harry reforçou que reprimir a dor por muito tempo não é a melhor maneira de lidar com uma perda. “Pode funcionar por um período de tempo,” disse ele. “Mas você não pode suprimir para sempre, pois não é sustentável e vai te corroer por dentro. Uma vez que você percebe que, se falar sobre isso, está celebrando a vida deles, na verdade as coisas ficam mais fáceis.”

O príncipe também elogiou Nikki pelo “trabalho incrível” que ela realiza ao apoiar crianças enlutadas. A ativista teve a difícil missão de informar os próprios filhos, Brooke e Kai – que tinham apenas sete e cinco anos, respectivamente, na época – que o pai deles, Lee, havia sido morto enquanto servia no Afeganistão em 2009.

“A maneira como você navegou por isso é extraordinária, e há tantas pessoas na comunidade militar e fora dela que, com razão, não sabem como lidar com essas situações. Portanto, sempre que você tiver a chance de compartilhar sua história, isso vai ajudá-las”, afirmou o neto da falecida rainha Elizabeth.

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