A atriz Angelina Jolie, 50, não conteve as lágrimas durante o Festival Internacional de Cinema de Toronto ao relembrar a mãe, Marcheline Bertrand, que faleceu em 2007, vítima de um câncer de mama.



A estrela, que em 2013 se submeteu a uma dupla mastectomia profilática para reduzir os riscos de desenvolver a mesma doença, está fazendo o trabalho de divulgação de seu novo filme, “Couture”, no qual interpreta uma mulher diagnosticada com câncer de mama. Durante a sessão de perguntas e respostas, uma pessoa da plateia pediu que Angelina desse um conselho para alguém que havia perdido recentemente um ente querido para a doença.



Em vídeo divulgado pela revista Entertainment Weekly, a artista aparece enxugando as lágrimas ao responder: “Sinto muito pela sua perda”.



Angelina então compartilhou uma lembrança íntima: “Acho que vou dizer algo que me lembro da minha mãe falando quando ela teve câncer. Uma vez, depois de um jantar em que as pessoas perguntavam como ela estava se sentindo e o que estava fazendo, ela me disse: ‘Tudo o que as pessoas me perguntam é sobre câncer’. Então, eu diria que, se você conhece alguém que está passando por isso, pergunte também sobre outros aspectos da vida dela. Essa pessoa é um ser completo e ainda está vivendo”.



No longa, Angelina dá vida a Maxine, uma diretora de cinema que descobre ter câncer de mama durante uma viagem a Paris. Questionada sobre a conexão com o papel, a atriz explicou que trouxe para a interpretação suas próprias experiências de medo e luto.



“Me senti muito privilegiada. O filme é muito reflexivo, você simplesmente se senta, atravessa aquilo e tem a chance de pensar sobre a vida. Às vezes, é tão simples quanto isso”, afirmou.



Ela prosseguiu: “Cada pessoa aqui já foi tocada pelo luto, cada pessoa aqui já perdeu alguém. Muitos de vocês já passaram por aquele momento no hospital. E você se pergunta: isso me define ou é sobre como vou atravessar isso?



“O que realmente amo é que, muitas vezes, filmes que falam sobre câncer acabam se tornando sobre o câncer. A vida fica definida pela doença, em vez de pela pessoa que a vive. Quem é Maxine? Maxine, mesmo passando por isso, não é só isso. Ela é mãe, é artista, é uma mulher sexual. Todas essas coisas me pareceram muito importantes de mostrar, e de viver enquanto estamos aqui. Tentar viver o máximo possível”, finalizou.

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